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02/02/2018

Ataques do governo contra o funcionalismo não cessam

Uma reportagem publicada no UOL informa que o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu investigação sobre o pagamento de bônus e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para funcionários de empresas estatais. "Há aspectos específicos atinentes à gestão das empresas estatais e, ainda, ao relacionamento entre essas entidades e a União que podem estar contribuindo para a persistência da deterioração das contas públicas", disse Raimundo Carreiro, presidente do TCU em seu despacho determinando a abertura da investigação.

“Essa investigação sobre a PLR dos empregados de estatais está sendo feita para dar vazão a uma resolução do governo que tem a função de colocar teto na distribuição do benefício, retirando mais uma garantia dos trabalhadores. É a segunda medida nesse sentido tomada nos últimos dias. Na última semana, a Comissão Interministerial de CGPAR (Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União) determinou cortes nos planos de saúde das empresas públicas. Vamos ter que lutar muito e muito mais para garantir nossos direitos”, disse Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal.

O governo federal controla, direta ou indiretamente, 149 empresas. Apenas 18 dão prejuízo e dependem do aporte de verbas federais. Outras 12, apesar de não darem prejuízo, consomem mais recursos do que dão de lucro para a União. Todas as outras 119 dão lucro.

“Mancomunado com o setor financeiro e os grandes empresários, o governo tenta desmoralizar o funcionalismo público e prejudicar a imagem das estatais. Mas, as empresas e os funcionários públicos cumprem suas funções e as metas estabelecidas. Mesmo não sendo o objetivo, a grande maioria das empresas públicas, inclusive, dão lucro que são repassados ao Tesouro Nacional. O funcionalismo e as empresas públicas não podem ser prejudicados por erros cometidos por esse governo golpista, que desde quando assumiu o poder, iniciou uma onda de ataques contra a classe trabalhadora”, ressaltou Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Na própria reportagem, economistas destacam que o bônus e a PLR dos funcionários são concedidos levando em conta o resultado operacional obtido por meio do trabalho realizado, não pelo resultado financeiro, que sofre interferência de outras questões externas, inclusive de medidas do próprio governo.

Leia também:
     > Resoluções da CGPAR precarizam saúde nas empresas públicas

Fonte: Contraf-CUT

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