SEU BANCO - SANTANDER05/05/2025 Lucro do Santander cresce 27,8% no 1º trimestre de 2025
Apesar do crescimento expressivo do lucro no ano, impulsionado principalmente pela expansão da margem financeira (+7,7%) e pela margem com clientes (+9,5%), o resultado evidencia uma contradição já conhecida pelos trabalhadores: o aumento da rentabilidade da instituição ocorre ao mesmo tempo em que há redução de postos de trabalho e fechamento de unidades. A holding encerrou o trimestre com 55.303 empregados — um crescimento de apenas 93 vagas em doze meses, mas com corte de 343 postos de trabalho apenas nos três primeiros meses do ano. No mesmo período, o banco encerrou 299 lojas e 184 Postos de Atendimento Bancário (PABs), demonstrando uma estratégia de enxugamento da estrutura física, que impacta diretamente os trabalhadores e o atendimento à população. A carteira de crédito ampliada do banco somou R$ 682,3 bilhões, com alta de 4,3% em doze meses e estabilidade no trimestre (-0,1%). O destaque foi a carteira de cartão de crédito, que cresceu 17,9%. Já o saldo das grandes empresas caiu 3,8%, enquanto o das pequenas e médias subiu 13,2%. O crédito ao consumo, majoritariamente fora das agências e concentrado em veículos, teve expansão de 15,7%. A taxa de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,3%, estável em relação ao trimestre anterior. No entanto, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 14,2% em doze meses, alcançando R$ 6,3 bilhões — um fator que pressionou negativamente o resultado do banco. As receitas com tarifas bancárias e prestação de serviços somaram R$ 5,470 bilhões, com alta de 2% em um ano. Já as despesas com pessoal (incluindo PLR) cresceram 4,2% no mesmo período, totalizando cerca de R$ 3,2 bilhões. A cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 171,5% no 1º trimestre, evidenciando mais uma vez que o banco segue mais do que capaz de custear os direitos dos trabalhadores. Globalmente, o Santander teve lucro de € 3,402 bilhões no trimestre, crescimento de 19% em relação a 2023. No entanto, a instituição deixou de divulgar o resultado detalhado por regiões, impossibilitando saber qual foi a participação da unidade brasileira no desempenho mundial do grupo. Para a coordenadora da COE Santander, Wanessa Queiroz, os números reforçam a necessidade de fortalecer a mobilização dos trabalhadores, “diante de um cenário em que o banco aumenta seus lucros, mas não reverte esse ganho em valorização dos funcionários, melhores condições de trabalho ou ampliação do atendimento à população”, concluiu. Fonte: CONTRAF
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