NOTÍCIAS07/04/2025 Caixa atende reivindicações e volta a custear exames no PCMSO
Burocracia X participaçãoLeonardo disse, também esperar que a revisão do PCMSO da Caixa contribua com a redução de risco de adoecimento dos empregados. “Nos últimos anos o PCMSO tem sido feito de uma forma muito burocrática, só mesmo para cumprir o que prevê a legislação. Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que o PCMSO na Caixa, de fato, trazia insumos para a área de pessoas avaliar a situação da saúde ocupacional dos empregados e propor políticas de prevenção e promoção da saúde”, lembrou. O dirigente ressaltou que quando o programa servia como subsídio para políticas de prevenção e promoção da saúde, o empregado tinha a possibilidade de fazer exames laboratoriais pelo PCMSO. “Além de desonerar o plano de saúde, o programa criava o hábito da realização de exames periódicos preventivos, ajudava no acompanhamento da saúde do empregado, e conseguia identificar doenças precoces. Ao deixar de oferecer esses exames, nem todo os fazia, seja devido ao custo, seja por não ter adquirido o hábito de cuidados com a saúde”, explicou. “A identificação precoce das doenças permite o tratamento antes do agravamento do quadro de saúde. E, todos sabemos, saúde preventiva é bom para a pessoa, bom para a empresa, que não terá um empregado afastado para tratamentos mais longos, e também para nosso plano de saúde, uma vez que tratamentos de doenças em estágio mais avançados são mais onerosos para nosso plano de saúde”, completou. Gerenciamento de RiscosO secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Conraf-CUT), Mauro Salles, ressaltou a importância de os bancos terem um PCMSO que contribua efetivamente para a detecção dos riscos do trabalho bancário e a prevenção das doenças ocupacionais. “Para os trabalhadores bancários, um PCMSO de verdade pode ser a diferença entre adoecer em silêncio e ter um ambiente que cuida da saúde física e mental”, disse, ao reforçar que todo empregador é obrigado a manter um PCMSO para prevenir, identificar e monitorar riscos à saúde dos trabalhadores. “Mas, na prática, muitos bancos transformam isso em apenas um documento burocrático, com exames admissional e demissional corridos, sem qualquer ação real de prevenção. E os bancários seguem com estresse crônico e burnout”, completou. O dirigente da Contraf-CUT destacou também a importância de os empregados contribuírem com a elaboração do programa, mesmo não havendo previsão para isso na NR-7, que regulamenta o PCMSO. “Porém, com a Nova NR-1, que introduziu o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), a participação dos trabalhadores passou a ser prevista e incentivada como parte essencial da gestão de saúde e segurança. A Convenção 155 da OIT, ratificada pelo Brasil, estabelece o direito dos trabalhadores de participar ativamente da gestão da saúde no trabalho. Ou seja: não é obrigatório no texto da NR-7, mas é um direito e uma boa prática garantida por outras normas e convenções internacionais”, disse. “E quem vive o ambiente de trabalho todos os dias são os próprios trabalhadores. Eles sabem onde estão os pontos críticos; quais práticas estão adoecendo a equipe; que tipo de risco passa despercebido pela empresa; e que mudanças fariam a diferença”, exemplificou. “A NR-1 entrará em vigor em maio. Precisamos cobrar dos bancos a participação dos empregados, para evitar que se mantenham programas burocráticos, apenas com a finalidade de se ‘cumprir’ a norma”, concluiu. Fonte: CONTRAF |
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