NOTÍCIAS05/06/2025 Casa da Moeda decide demitir trabalhadores com mais de 70 anos e gera revolta entre funcionários e entidades sindicais
A direção da Casa da Moeda comunicou que pretende desligar todos os trabalhadores com 70 anos ou mais, seguindo uma orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). A medida, que afeta diretamente funcionários com décadas de dedicação e compromisso com a estatal, foi duramente criticada pelo Sindicato Nacional dos Moedeiros, que classificou a decisão como cruel, excludente e juridicamente questionável. Segundo o sindicato, a decisão desrespeita princípios básicos de dignidade, humanidade e reconhecimento, ignorando o valor da experiência acumulada ao longo dos anos e tratando os trabalhadores como números descartáveis. “É um claro exemplo de etarismo institucionalizado, que desconsidera o papel social que uma empresa estatal deve cumprir”, afirma a entidade. O sindicato também destaca que os trabalhadores atingidos não terão sequer a possibilidade de aderir ao próximo Plano de Demissão Voluntária (PDV), o que evidencia a falta de sensibilidade e a intransigência da atual gestão da empresa — a mesma que, em 2018, promoveu a demissão sumária de 212 trabalhadores. Entre os atingidos estão moedeiros e moedeiras que foram anistiados pelo Governo Lula, mas ainda não tiveram seu tempo de contribuição reconhecido, o que os impede de requerer aposentadoria. A medida, portanto, impõe um duplo prejuízo: o desligamento forçado e a negação do direito à aposentadoria. A assessoria jurídica do Sindicato Nacional dos Moedeiros já está atuando para garantir os direitos dos trabalhadores e tentar barrar essa medida arbitrária. A entidade reforça que utilizará todos os instrumentos legais e políticos disponíveis para manter os empregos e assegurar que os trabalhadores sejam tratados com o respeito que merecem. Além da ofensiva contra os trabalhadores mais velhos, a gestão da Casa da Moeda vem acumulando decisões lesivas aos direitos da categoria, como:
Mobilização crescenteAntes da paralisação desta quinta-feira, os trabalhadores já haviam se reunido na última segunda-feira (3), em um ato extraordinário no espaço conhecido como “Pé da Árvore”, na Cinelândia, para debater coletivamente os próximos passos da luta. A Contraf-CUT se solidariza com os trabalhadores da Casa da Moeda e repudia qualquer tentativa de desmonte dos direitos trabalhistas, especialmente aos mais experientes, que ajudaram a construir a história da empresa. Fonte: CONTRAF |
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