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15/03/2011

"Mulheres vivem momento especial", diz senadora

Marta Suplicy falou sobre gênero feminino e política em Momento Bancário em Debate Especial do Mês da Mulher

São Paulo - Para a senadora Marta Suplicy (PT-SP) as brasileiras vivem hoje um momento tão especial quanto foi, na época, a conquista do voto feminino.

 

Primeira mulher senadora eleita por São Paulo, Marta também atribui a esse momento "especialíssimo" a chegada de Dilma Rousseff à Presidência da República. "A eleição de Dilma abriu uma porta e ela tem sensibilidade para perceber isso, que existem caminhos a serem trilhados", disse a senadora, convidada especial do Momento Bancário em Debate desta segunda 14. Mediado pela presidenta do Sindicato Juvandia Moreira e transmitido ao vivo pelo site e via twitcam em parceria com a Rede Brasil Atual, o programa fez parte da comemoração pelo mês do Dia Internacional da Mulher (8 de Março).

Em apenas 21 dias após a posse de Dilma, lembrou Marta, várias mulheres chegaram a cargos nunca antes ocupados pelo sexo feminino. "Hoje temos mulheres nas vice-presidências da Câmara e do Senado e nove ministras, quando o máximo a que tín­hamos chegado era quatro. Além de uma chefa de polícia no Rio", citou.

Falta muito - Apesar disso, admitiu, as mulheres ainda não estão inseridas na política como deveriam. "Não chegamos a 10% na Câmara, e no Senado, de um total de 81 parlamentares, somos apenas 12". Ela aponta o sistema de cotas, que destina 30% das vagas de candidatos às mulheres, como um caminho, apesar de não ser implementado como deveria. "Os partidos não respeitam e as campanhas femininas não têm recursos porque se prefere apostar em candidatos homens."

Marta também traçou um triste quadro da violência contra mulheres no Brasil. Ela citou dados de estudo do Senado segundo o qual dez mulheres são assassinadas todos os dias no país e 70% desses crimes são cometidos pelos parceiros; além disso 63% das agredidas têm medo de denunciar. "Muitas vezes as mulheres não denunciam porque não têm para onde ir. É preciso criar condições para que elas tenham mais autonomia, como projetos de crédito para mulheres, mais creches e construção de casas abrigo."

Salários - A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira levantou outro dado da desigualdade: as mulheres ganham em média 30% menos que os homens. "Metade da categoria bancária é de mulheres, mas a grande maioria dos cargos de chefia é ocupada por homens", criticou.

Juvandia lembrou ainda que é a primeira mulher a presidir o Sindicato, apesar dos 87 anos da entidade.

Mudança " A mulher pode fazer muita diferença na política, disse Marta, porque ela pensa diferente do homem. "As mulheres historicamente se ocuparam dos filhos, dos idosos, dos doentes, dos deficientes e isso, ao mesmo tempo que afastou um pouco as mulheres da política, também nos deu uma sensibilidade diferente que pode contribuir para uma nova forma de fazer política. Só temos a ganhar com a pluralidade", concluiu.

Solidariedade " Antes do início do debate, foi realizado um minuto de silêncio em solidariedade às vitimas do terremoto no Japão.

Fonte: Andréa Ponte Souza - 14/03/2011 / por Assessoria de Imprensa 15/03/2011

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