NOTÍCIAS17/11/2025 Marcha das Mulheres Negras vai denunciar racismo e violência de gênero, em Brasília
A mobilização reúne coletivos, movimentos sociais, sindicatos e organizações que lutam contra o racismo estrutural e o machismo. Além das marchas de rua, estão previstas rodas de conversa, oficinas e atividades culturais que celebram a força e a história das mulheres negras brasileiras. Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres negras continuam sendo as mais afetadas pela desigualdade salarial no país. Em 2023, o rendimento médio mensal das mulheres negras correspondia a apenas 46% do salário dos homens brancos, evidenciando a persistência das desigualdades estruturais no mercado de trabalho. Mesmo com avanços na escolaridade, elas ainda enfrentam maiores barreiras de acesso a cargos de liderança e oportunidades formais. Para Maria Júlia Nogueira, secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, esses números reforçam a urgência de políticas públicas voltadas à equidade racial e de gênero. “As mulheres negras são as que mais sofrem com o desemprego, com os baixos salários e com a falta de oportunidades. A CUT tem um papel fundamental nessa luta, ao denunciar o racismo no mundo do trabalho e exigir igualdade de condições. A Marcha das Mulheres Negras é também um espaço de denúncia e de mobilização para que nossas vozes sejam ouvidas e respeitadas”, afirmou Maria Júlia. Essa será a 2ª Marcha das Mulheres Negras, que acontecerá em Brasília, no dia 25 de novembro de 2025. O objetivo é reunir 1 milhão de mulheres negras em marcha, reivindicando reparação histórica e o direito ao bem-viver para a população negra no Brasil. Júlia reforça a importância da mobilização de todos os coletivos da CUT para participar da Marcha Nacional das Mulheres Negras. “A marcha é um espaço fundamental para o debate e para a construção de propostas que influenciem as políticas públicas. O Estado brasileiro precisa assumir sua responsabilidade no enfrentamento ao racismo e na promoção da igualdade racial neste país”, afirma Nogueira. Caminhada até o Congresso Nacional A organização da marcha divulgou em seu site o roteiro da caminhada e instruções para as participantes que vão se dirigir à capital federal. A caminhada sairá do Museu Nacional, em direção ao Congresso Nacional, com concentração a partir das 8h30. Às participantes, a organização pede que se preparem bebendo bastante água, fazendo exercícios físicos e alongamentos e participando das atividades das delegações. Ainda em novembro, antes da caminhada, em Brasília, a marcha pretende realizar uma série de eventos como forma de preparação. Entre os dias 18 e 25, estão previstas atividades culturais, rodas de conversa, oficinas e intervenções urbanas, além da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro. Um diálogo com lideranças políticas, ativistas, artistas e intelectuais negras vindas da América Latina, Caribe, África, Europa e América do Norte ocorrerá no Encontro Transnacional, entre os dias 21 e 24. Nesses dias, também será realizado um encontro nacional de Casas Ballrooms, inspirado na cultura LGBTQIA+ negra. Para a secretária-adjunta de Combate ao Racismo da CUT, Nadilene Nascimento, a Marcha das Mulheres Negras é mais do que um ato simbólico, é um chamado à mudança. “Em pleno século XXI, essas mulheres seguem reivindicando o direito à vida, à dignidade e à equidade. Neste novembro da Consciência Negra, suas vozes ecoam pelas ruas do país, lembrando que, sem a liberdade das mulheres negras, não há justiça social possível”, afirma. Fonte: CONTRAF |
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